Olá a todos! Hoje, damos início a uma série de artigos, nos quais falaremos de AVC isquémico e de AVC hemorrágico, pois consideramos essencial sensibilizar para esta temática a população em geral, mas sobretudo a população idosa.
Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS) e a Sociedade Portuguesa de Acidente Vascular Cerebral, o AVC representa a principal causa de mortalidade e morbilidade em Portugal.
Sabia que:
- Por hora, 3 portugueses sofrem um AVC: 1 deles não consegue sobreviver. Outro pode ficar com incapacidade permanente;
- O número de pessoas que não sobrevivem ao AVC tende a triplicar em pessoas com idades entre os 65 e os 79 anos e, a quadruplicar em pessoas com mais de 80 anos;
- Apesar do AVC ser a principal causa de morte em Portugal, tem-se assistido à diminuição deste número, em todas as faixas etárias, devido à atuação rápida e especializada, que é crucial nas primeiras horas após ocorrer o AVC;
- A DGS prevê que até 2020, um maior número de pessoas com AVC tenha acesso mais ágil a tratamentos específicos, sendo, por isso, de suma importância que a população em geral, conheça bem os sinais de alerta e, ligar de imediato o 112.
- O que é o AVC?
O AVC é uma doença, de início súbito, que provoca o mau funcionamento ou a morte de células do cérebro, em consequência da falta de oxigénio e de nutrientes, provocada por um bloqueio na circulação do sangue numa determinada zona do cérebro. Isto pode acontecer devido a um coágulo (que se forma na artéria, perto daquela zona ou que é transportado pela circulação sanguínea), ou devido a uma hemorragia resultante do rompimento de uma artéria cerebral.
Em qualquer um dos casos, este episódio provoca lesões numa determinada parte do cérebro e com uma extensão que podem ser ou não reversível, atendendo ao período de tempo entre o início do AVC e a intervenção médica. Por este motivo é que todos os minutos contam.
- Que tipos de AVC existem?
Existem dois tipos de AVC: o AVC Isquémico e o AVC Hemorrágico.
- No AVC Isquémico, existe um bloqueio da artéria provocado por um coágulo, ficando essa área cerebral privada de nutrientes e oxigénio. O AVC Isquémico tende a atingir 85% das pessoas vítimas de AVC.
- No AVC Hemorrágico, existe um rompimento da artéria que provoca a inundação de sangue na área cerebral circundante. Este tipo de AVC é menos frequente que o anterior, sendo observável em 15% dos casos de AVC.
Pode ser descrito, ainda, o AIT, Acidente Isquémico Transitório. No AIT, existe um bloqueio momentâneo da artéria cerebral e os sintomas podem durar minutos ou algumas horas.
Diante de qualquer um dos eventos, devem acionar-se os meios de socorro – o 112 – o mais rapidamente possível, para que a pessoa possa ser observada no hospital. O mesmo acontece no caso do AIT. Isto porque este episódio poderá ser o primeiro sinal para a ocorrência de um AVC, com consequências mais graves, num futuro próximo. A demora na ajuda pode corresponder a uma menor recuperação, existência de maior número de sequelas, levando a um estado de incapacidade mais significativo, nas tarefas do dia a dia.
O AVC pode ser prevenido, ao longo da vida, através da prevenção primordial e da educação para a saúde.
Não perca o próximo artigo, no qual falaremos dos fatores de risco de AVC. Sabia que há fatores modificáveis, nos quais podemos intervir e assim reduzir o risco de AVC?
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Bibliografia:
- DGS (2017). Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017. Retirado de https://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/programa-nacional-para-as-doencas-cerebro-cardiovasculares/relatorios-e-publicacoes.aspx a 11 de junho de 2018.
- DGS (2017). Via Verde do Acidente Vascular Cerebral no Adulto. Retirado de https://www.dgs.pt/?cr=33178 a 11 de junho de 2018.
- DGS (2014). Portugal – Idade Maior em Números – 2014. Retirado de https://www.dgs.pt/estatisticas-de-saude/estatisticas-de-saude/publicacoes/portugal-idade-maior-em-numeros-2014.aspx a 12 de junho de 2018.
- Portugal AVC (2018). Retirado de https://www.portugalavc.pt/ a 12 de junho de 2018.