Quando recorrer à intervenção terapêutica?

Estamos a assistir ao regresso a uma certa normalidade, após estes meses de confinamento devido à Pandemia do COVID-19 e que provocou  alterações na vida de todos. Estas alterações ocorreram igualmente na vida das pessoas, por exemplo, através da diminuição dos contactos presenciais, redução nas atividades como a atividade física, aulas nas universidades seniores, caminhadas, atividades ao ar livre, etc. A redução destas atividades pode vir a traduzir-se em alterações psicoemocionais, físicas e cognitivas nas pessoas idosas, que podendo não ser graves, merecem a atenção de todos e uma intervenção profilática, para evitar a diminuição da autonomia e/ou independência das pessoas idosas.

 

Quando se propõe uma intervenção terapêutica a uma pessoas idosa ou a um familiar, é comum ouvirmos expressões como:

– Com esta idade já não vale a pena

– já passou muito tempo, agora já não há remédio

– A intervenção já não terá nenhum efeito

Por ouvirmos estas frases com frequência, decidimos falar um pouco sobre a intervenção terapêutica e deixarmos algumas mensagens que nos parecem importantes.

 

Pegando na primeira fraseCom esta idade já não vale a pena – somos da opinião que é importante que qualquer uma das intervenções de Fisioterapia, Psicologia, Psicomotricidade ou outra, terão maior efeito quanto mais cedo forem iniciadas. Começar a intervenção no momento em que surgem os primeiros sinais de perda de capacidades, é imprescindível, para o sucesso e obtenção de melhores resultados na intervenção.

Também serão obtidos melhores resultados se a intervenção for iniciada logo após uma alta hospital, pois muitas vezes a pessoa idosa fica em maior imobilidade neste período e perde um conjunto de capacidades físicas, cognitivas e psicoemocionais que devem ser recuperadas e devolver-lhe a autonomia e independência, tanto quanto possível.

Assim, aquilo a que chamamos de janela de oportunidade é maior e permite que a pessoa possa preservar ou mesmo recuperar as suas capacidades. Intervir desde cedo permite que a pessoa tenha uma recuperação mais célere, com maiores ganhos e com a necessidade de menores custos, quer na terapia em si, quer nos restantes serviços e produtos de apoio necessários.

 

Na segunda frasejá passou muito tempo, agora já não há remédio – é um facto que o atrasar qualquer intervenção vai levar a que a recuperação seja mais lenta e as capacidades a ganhar sejam menores, mas mesmo assim vale a pena investir, para garantir uma maior Qualidade de Vida e Bem-estar. Há sempre alguma recuperação… Por exemplo, ajudar uma pessoa a sair da cama e caminhar por alguns minutos tem um impacto positivo, em termos físicos, fisiólogos e psicoemocionais.

 

Na terceira fraseA intervenção já não terá nenhum efeito – como já dissemos, há sempre alguma recuperação e a idade ou as nossas crenças de não recuperação não deverão limitar a possibilidade de haver uma intervenção, que possa não promover a recuperação total, mas que irá com toda a certeza melhorar o dia-a-dia da pessoa idosa.

 

Assim, e como mensagem, final apelamos a que:

a intervenção se inicie o mais cedo possível, quando as capacidades físicas, cognitivas e psicomocionais estão alteradas;

Físicas: por exemplo as dificuldades na marcha e uma queda, mesmo que não tenha consequências mais graves

Cognitivas: por exemplo, os esquecimentos frequentes ou falta de atenção

Psicoemocionais: (como as situações de lutos ou estados de tristeza e ansiedade

– após uma alta hospitalar, e de forma a usar a janela de oportunidade, pois poderá ser benéfico uma intervenção, por algumas semanas, para devolver a independência à pessoa idosa;

– Caso tenham alguma dúvida e precisem de uma avaliação, consulte o seu profissional de saúde e contacte-nos para uma avaliação inicial gratuita.

 

Adicionalmente, e como forma de apoio às pessoas idosas e às suas famílias, as entidades publicas, privadas e do setor social têm um papel importante para que a intervenção seja atempada, e como vimos anteriormente, com isso representar uma mais valia para as pessoas idosas. Defendemos por esse motivo, que as entidades devem articular entre si e aconselhar uma intervenção atempada quer nas áreas clínicas quer nas áreas sociais, como por exemplo o serviço de apoio domiciliário, centro de dia, unidade de cuidados continuados, outras resposta social que se mostre adequada.

 

Pode solicitar a nossa ajuda, para um melhor esclarecimento, em http://entreidades.pt/precisa-de-ajuda/

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