Olá a todos! Hoje, vamos falar-vos da importância de beber água e, mais especificamente, porque beber água é fundamental para as pessoas idosas.
Apesar de tardio, o Verão chegou e, ao longo das últimas semanas, todos nós já sentimos que os dias estão mais quentes. As recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) são claras – proteger-se do calor e hidratar-se. Sabia que deve beber-se 1,5litros de água por dia?
Porquê? Porque a água é essencial no organismo para:
- Controlar a temperatura do corpo;
- Contribuir para uma pele saudável;
- Permitir o transporte de nutrientes e ajudar a eliminar os resíduos desnecessários através da urina;
- Colaborar na digestão e contribuir para a prevenção e tratamento da obstipação;
- Lubrificar e proteger as articulações, bem como promover o bom funcionamento dos músculos;
- Contribuir para o funcionamento saudável do coração;
- Melhorar o funcionamento cognitivo (capacidade de atenção, concentração e a memorização) e o estado de humor.
Com as temperaturas altas, as pessoas tendem a perder maior quantidade de água no seu organismo, ao longo do dia. A perda de água pode ocorrer de diferentes formas: pela respiração, transpiração, urina e fezes.
Para permitir o bom funcionamento do organismo, é necessário compensar as perdas, ingerindo líquidos, do modo a permitir o equilíbrio de água no corpo.
À medida que se envelhece, tende-se a diminuir a quantidade de água corporal total (que é cerca de 50% do peso corporal do homem e 40% do peso corporal da mulher), assim como a sensação de sede. É frequente a recusa por parte das pessoas idosas a beberem água, por referirem que não sentem sede.
Os idosos são considerados uma população de risco, uma vez que têm maior dificuldade em adaptar-se de forma ágil às mudanças de temperatura. Deste modo, quando a perda de líquidos no organismo é superior à sua ingestão, tende a aumentar a ocorrência de desidratação, frequente neste grupo etário.
A ocorrência de desidratação tende a ser mais frequente diante dos seguintes fatores:
- fatores fisiológicos (e.g.: idade avançada, fragilidade e história prévia de desidratação);
- fatores patológicos, como presença de doenças crónicas (a título de exemplo: mobilidade reduzida decorrente de problemas motores; demência; depressão; incontinência; diabetes);
- polimedicação;
- fatores sociais (e.g.: isolamento social, difícil acesso a líquidos, escassez de cuidados);
- fatores ambientais (inverno – maiores riscos de infeções; verão – ondas de calor).
Deste modo, para manter uma adequada hidratação, as pessoas idosas devem beber, em média, cerca de 1,5L de água por dia. Como podem fazê-l0, contrariando a ausência de sede?
- beber pequenas quantidades de água frequentemente ao longo do dia, tanto durante as refeições como no intervalo entre elas;
- ingerir líquidos: água, água aromatizada, água gelificada, sumos naturais, gelatinas;
- ter uma dieta com alimentos ricos em água (e.g.: sopa, caldeiradas, saladas e fruta);
- fazer refeições frias, leves e comer mais vezes ao dia. Evitar refeições muito quentes e muito condimentadas;
- fazer-se acompanhar de uma garrafa de água;
- evitar bebidas alcoólicas e açucaradas, as quais fazem aumentar as necessidades hídricas.
Para além disso, deve fomentar-se o consumo de líquidos tanto no decorrer das atividades de vida diárias, como por exemplo, na toma da medicação ou na lavagem dos dentes.
Os cuidadores devem também estar sensibilizados e prestar uma atenção especial às pessoas idosas com uma maior dependência, física e/ou cognitiva, de modo a garantir-se uma hidratação adequada.
No contacto diário com a pessoa idosa, devemos estar atentos a sinais e sintomas que podem evidenciar uma situação de desidratação, tais como:
- Modificação do comportamento habitual;
- Grande fraqueza e/ou grande fadiga;
- Dificuldade recente em se mobilizar;
- Tonturas, vertigens, perturbações da consciência, convulsões;
- Náuseas, vómitos, diarreia;
- Cãibras musculares;
- Temperatura corporal elevada;
- Sede e dores de cabeça.
Se forem observados estes sinais, deve-se deitar e refrescar a pessoa idosa, aumentar a ingestão de água (se estiver consciente) e contactar a linha Saúde 24 ou o médico assistente, ou em caso de emergência o 112.
As consequências da desidratação nas pessoas idosas podem ser muito graves, contribuindo para o aparecimento de outras situações patológicas – infeções urinárias e renais, confusão mental, maior risco de quedas e até um aumento das taxas de mortalidade.
Nesta época de maior calor, para além de beber água e reforçar, assim, a hidratação, a DGS recomenda, como medidas de proteção individual:
- Usar roupa clara, larga e que cubra a maior parte do corpo;
- Usar de chapéus de aba larga e óculos;
- Evitar exposição solar direta das 11 às 17h;
- Utilizar protetor solar sempre, renovando a sua aplicação de 2 em 2 horas;
- Evitar atividade que requeiram maior esforço físico ao ar livre nas horas de calor;
- privilegiar-se espaços frescos e arejados.
As pessoas idosas devem estar sempre contacto com alguém atento e disponível (familiar, amigo, vizinho).
Manter a saúde das pessoas idosas está ao alcance de todos nós. E como podemos celebrá-la, diversas vezes por dia? Bebendo água!
Que quantidade de água já bebeu hoje?
Já sabe, se precisar de algum esclarecimento adicional ou de ajuda, não hesite em contactar-nos, telefonicamente ou através deste formulário: http://entreidades.pt/precisa-de-ajuda/